40%: prognóstico para março a maio indica chances para chuvas dentro e acima da média

2 de março de 2020 - 15:14

Os modelos de previsão climática indicam ainda uma diferença espacial norte-sul, de modo que na região sul do estado, a categoria mais provável é em torno da normal ou mesmo abaixo da normal 

O prognóstico climático para o período de março a maio de 2020 indica 40% de probabilidade de chuvas acima da média, 40% em torno da normalidade e ainda 20% abaixo da média para o período de três meses. Os dados foram divulgados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) na manhã desta sexta-feira (28).

Não se trata de uma atualização do primeiro prognóstico divulgado em janeiro para o trimestre de fevereiro a março, pois o período de previsão é diferente.

“Continua sendo uma previsão bastante otimista. Primeiramente, o que precisamos observar é que trata-se de uma previsão para um trimestre diferente, agora para o trimestre março-abril-maio de 2020. Outra razão está relacionada a algumas alterações que estão sendo observadas no Oceano Atlântico Tropical Sul, que vem nas últimas semanas mostrando um certo esfriamento, o que poderia, se essa tendência se manter, acabar prejudicando o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para latitudes mais ao sul”, comente a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.

Para chegar aos resultados, foi realizada uma análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros) e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil e do exterior, além da própria Funceme.

“O prognóstico também fala da variabilidade espacial das chuvas. De modo que a região sul do estado pode ter chuvas em torno da normal ou mesmo abaixo da normal em algumas áreas. Enquanto, na região ao norte do Ceará, a categoria mais provável continua sendo de chuvas acima da normal.”, reforça Sakamoto.

 

(Ascom Funceme)