Baixa umidade do ar é comum no 2º semestre do ano no Ceará; saiba o porquê

14 de julho de 2021 - 08:40

O segundo semestre do ano no Ceará é climatologicamente mais seco em relação aos primeiros meses do ano. Após a quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio, os índices de chuva são pouco expressivos, apesar da possibilidade de acumulados pontuais, a depender das condições de tempo.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em julho, por exemplo, a média pluviométrica é de apenas 15,4 milímetros. Reduzindo ainda mais até a chegada de dezembro.

Diante deste cenário, em que os dias passam a ter predomínio de céu claro na maior parte do dia e um aumento da temperatura, observa-se a redução da umidade relativa do ar, que é o que chamamos de tempo seco.

De acordo com a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a umidade e a temperatura do ar são inversamente proporcionais uma à outra, ou seja, nos horários com as maiores temperaturas, principalmente no início da tarde, registra-se a menor umidade relativa do ar, principalmente no interior do estado.

“Áreas interioranas apresentam umidade relativa do ar mais baixa quando comparadas ao litoral devido à continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Além disso, contribuem as condições predominantemente mais secas do solo e da vegetação reduzindo a evapotranspiração para a atmosfera”, explica Sakamoto.

Dados

Neste mês de julho de 2021, entre os municípios monitorados por Funceme e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as menores taxas de umidade do Ceará foram as seguintes:

23% – Morada Nova

24% – Jaguaruana

30% – Crateús

31% – Iguatu

44% – Fortaleza

As condições de tempo seco precisam ser observadas pois podem causar impacto na saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os níveis de umidade relativa do ar nas seguintes proporções:

– Estado de observação: 40% a 31%;

– Estado de atenção: de 30% a 21%;

– Estado de alerta: de 20% a 12%.

O órgão recomenda ainda evitar a exposição ao sol e a realização de atividades físicas quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Neste caso, o Ministério da Saúde indica ainda o aumento da hidratação, ingerindo mais água, suco natural e/ou água de coco.