Ceará reduz criticidade hídrica e tarifa de contingência é retirada

6 de maio de 2022 - 11:27

Governadora Izolda Cela anunciou fim da Tarifa de Contingência nesta quinta-feira (5) durante live transmitida pelas redes sociais

O quadro que aponta a escassez hídrica do Ceará, por regiões, foi modificado. Em live realizada na tarde desta quinta-feira (5), a governadora Izolda Cela revogou o ato declaratório de criticidade hídrica dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e retira a tarifa de contingência, cobrada desde 2015 – momento de severa escassez hídrica.

A iniciativa se deve em grande parte ao aporte aos reservatórios durante a quadra chuvosa de 2022. Dados recentes da Cogerh contabilizam aporte de 3,64 bilhões de metros cúbicos, valor superior ao contabilizado em 2021, quando foi registrado pouco mais de 1,7 bi de aporte.

Izolda frisou o volume razoável do Estado, atualmente em 37%, e principalmente o nível confortável do sistema que atende a Região Metropolitana de Fortaleza, abastecido em 82% sem a transferência das águas do Castanhão.

O fim da cobrança deve afetar mais de 4 milhões cearenses, cujo impacto na conta de água será menor. Ao lado do Secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, e do Presidente da Cagece, Neuri Freitas, Izolda projetou que os reservatórios da RMF devem chegar a sua capacidade máxima até o final de maio. Hoje, o sistema metropolitano composto pelos açudes Riachão, Pacajus, Pacoti e Gavião registra 81% de volume.

“Temos uma previsão de chegar em 100% ao final de maio para todos os municípios da região servida pelo sistema dos Açudes Riachão, Pacajus e Gavião. Com esses dados, decidimos que será revogado o ato declaratório que insere a RMF da condição de escasses hídrica. Isso nos permite retirar a tarifa de contingência que vinha sendo cobrada devido à dificuldade hídrica. Serão mais de 4 milhões pessoas beneficiadas”, afirmou a governadora.

Além disso, a chefe do executivo agradeceu à população pela consciência em economizar água durante os últimos anos. “Quero agradecer a todos e a todas que contribuíram com a economia de água para que não passássemos por medidas mais radicais nos momentos difíceis”, concluiu Izolda.

USO RESPONSÁVEL DA ÁGUA E CLIMA SEMIÁRIDO

A situação, entretanto, segue irregular no Sertão Central, com a Bacia do Banabuiú registrando apenas 9% de sua capacidade máxima de armazenamento. O alerta indica que mesmo com bons aportes, o clima semiárido tem como característica chuvas irregulares com regiões mais confortáveis e outras com armazenamentos menos expressivos – como é o caso da bacia do Curu e do Banabuiú no Sertão Central.