Definida operação 2021.1 dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú

23 de fevereiro de 2021 - 14:42

Exercendo a gestão participativa, 6 Comitês de Bacias do Estado participaram do encontro que definiu operação emergencial. Cogerh realizou prestação de contas da operação dos três maiores açudes cearenses no segundo semestre de 2020

 

Projeto de Apoio à Melhoria da Segurança Hídrica e Fortalecimento da Inteligência na Gestão Pública do Estado do Ceará

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – Cogerh realizou ontem (18) a Reunião de Avaliação da XXVII Alocação das Águas dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú e Operação Emergencial do Primeiro Semestre de 2021. Representantes dos Comitês de Bacia do Jaguaribe, Banabuiú, Salgado e Região Metropolitana acompanharam a prestação de contas da operação 2020.2 dos três maiores açudes do Estado: Castanhão, Orós e Banabuiú. A operação emergencial 2021.1 dos reservatórios também foi definida coletivamente.

O diretor presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, destacou que a reunião representa uma continuidade do trabalho de gestão participativa, visto que o processo ocorre em todos os 12 CBHs do Estado. “Temos hoje uma situação de volume hídrico distinta entre as bacias, com níveis baixos na região do Jaguaribe devido às chuvas diminutas na região. O acompanhamento da Cogerh é muito importante para atravessarmos esses períodos garantindo o abastecimento humano, nossa maior prioridade”, afirma.

Hoje, os 3 maiores açudes do estado encontram-se com os seguintes volumes acumulados: Orós – 20,10%; Castanhão – 10,19%; Banabuiú – 11,60%. De acordo com os dados apresentados pela equipe técnica da Cogerh, a vazão média operada nos reservatórios durante o segundo semestre de 2020 encontra-se dentro dos parâmetros aprovados em junho do ano passado, no XXVII Seminário de Alocação das Águas dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú.

Para o primeiro semestre de 2021, foram aprovadas vazões máximas para a operação emergencial dos reservatórios. O diretor de operações da Companhia, Bruno Rebouças, lembra que o processo da operação emergencial é diferente da alocação negociada, que ocorre tradicionalmente no segundo semestre. “Nesse momento, enquanto há expectativa de chuvas, nós trabalhamos com um teto máximo para essa operação, e quando a chuva acontece, a água é economizada. Essa liberação funciona como um complemento e salvação para que não haja escassez”, explica. Confira as vazões aprovadas pelos Comitês de Bacia:

Açude Banabuiú: vazão de 0,185 m³/s;

Açude Orós: vazão de 1,5 m³/s;

Açude Castanhão: vazão de 6 m³/s (2 m³/s para bombeamento do Eixão das Águas e 4 m³/s para perenização do rio Jaguaribe), sendo a vazão média dos perímetros Distar = 1,5 m³/s, FAPIJA = 1,5 m³/s, Mandacaru = 0,13 m³/s, e com o bombeamento reverso do Canal do Trabalhador garantido, sem transferência para a RMF.

Na ocasião, Eduardo Sávio Martins, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme, ressaltou o prognóstico para a quadra chuvosa no Estado, demonstrando que, comparativamente, a “pré-quadra” chuvosa durante os meses de dezembro e janeiro apresentou um percentual negativo com precipitações 55% abaixo da média.

A reunião virtual contou com um total de 190 participantes e foi mediada por Dayana Magalhães, do Núcleo de Gestão da Cogerh de Quixeramobim. Estiveram presentes representantes dos Comitês do Baixo, Médio e Alto Jaguaribe, Salgado, Banabuiú e RMF, além do Fórum Cearense de Comitês de Bacias Hidrográficas, representado pelo atual presidente, Aridiano Belk.

OPERAÇÃO 2020.2

Segundo o gerente regional da Cogerh de Iguatu, Anatarino Torres, o Açude Orós teve uma variação positiva de 11,59 hm³ entre o volume simulado e o realizado. O gerente reportou que foram realizadas ações de monitoramento e limpeza dos trechos perenizados, bem como campanhas de medição de vazão nos hidrossistemas. Já no Açude Banabuiú, o gerente regional da Cogerh de Quixeramobim, Paulo Ferreira, relatou que o reservatório apresentou uma variação negativa de 1,08 hm³ entre o volume simulado e o realizado.

Seguindo a tendência do acompanhamento realizado ao longo do segundo semestre de 2020, o Açude Castanhão permaneceu tendo a maior variação volumétrica dos três açudes: 27,05 hm³ acima do cenário simulado. Lauro Filho, da Gerência Regional de Limoeiro do Norte, relatou que também foram realizadas ações de monitoramento, limpeza, medição e campanhas de fiscalização na região, em parceria com os órgãos competentes.

 

Fonte: Ascom Cogerh