Funceme indica maior probabilidade de chuvas acima da média entre fevereiro e abril de 2023

20 de janeiro de 2023 - 15:15

O Ceará tem maior probabilidade de chuvas acima da média no trimestre de fevereiro a abril de 2023, segundo prognóstico climático divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nesta sexta-feira (20), em evento no Palácio da Abolição.

Conforme o estudo, as probabilidades são de 50% para precipitações acima da normalidade, 40% em torno dela e 10% para chuvas abaixo da média climatológica. O prognóstico indica ainda, alta variabilidade espacial e temporal na distribuição das chuvas no estado.

“As condições oceânicas são favoráveis para todo o norte da região Nordeste, o que acaba sendo bom não somente para o Ceará, porém, é importante reforçar que, mesmo confirmando-se o cenário mais provável, é natural que dias mais secos ocorram durante o trimestre. Já uma tendência que o mês de fevereiro, principalmente no início, seja de poucas precipitações”, explica o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.

O cenário previsto é resultado de modelos climáticos globais e regionais e com base em análises dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala, os quais indicam, no oceano Pacífico equatorial central e leste, as condições que caracterizam o fenômeno La Niña.

“Quando há a atuação de La Niña, o Ceará acaba sendo, relativamente, beneficiado, pois, ela provoca o resfriamento do Atlântico Norte Tropical, com isso, fica-se mais favorável à formação de chuvas”, reforça Martins.

Já no oceano Atlântico Tropical Sul, observam-se áreas mais aquecidas próximo à costa norte do Brasil e à África, além do predomínio de anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) em torno da média próximo à região Equatorial. O oceano Atlântico Tropical Norte exibe predomínio de áreas mais aquecidas e em torno da média.

Para o trimestre fevereiro, março e abril, os modelos oceânicos que preveem a TSM indicam tendência de condições neutras no oceano Pacífico equatorial e anomalias positivas de temperatura da superfície do mar no oceano Atlântico Tropical Sul, o que deve colaborar para um posicionamento mais favorável da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas no Ceará durante a Quadra Chuvosa.

Acompanhamento

O Governo do Ceará, mantém, um grupo de instituições como a própria Funceme, o Companhia de Recursos Hídricos (Cogerh), a Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), Cagece e também alinhado com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), por exemplo, para acompanhar e avaliar onde o Estado tem problema de abastecimento, onde é que é preciso priorizar construção de adutoras, poços profundos, além de outro que discute as questões do plantio.

“O governador Elmano começa com o pé direito, com sorte. Afinal, desde 2012, o Ceará teve seguidos anos de seca, apesar que, nos últimos dois, houve uma melhora. Evidentemente, nós não vamos baixar a guarda, até porque, há determinados locais que poderão ter chuvas intensas demais e nós temos que ter a Defesa Civil integrada com as prefeituras, além do próprio histórico de poucas chuvas. A gente não pode se deslocar, é estar sempre planejando’, comentou o assessor de assuntos federativos, Artur Bruno, que representou o governador Elmano.