Discutida a exploração da mina de urânio de Itataia, em Canindé/Ceará

11 de outubro de 2013 - 12:14

Jornal O Estado
11/10/2013

O Ceará possui uma das maiores jazidas de urânio, fosfato e calcário do País, capaz de promover uma transformação na realidade econômica da região onde está localizada, mas que ainda não está sendo explorada. Por esse motivo, o deputado federal Danilo Forte está promovendo, hoje, o seminário ‘Retomada do projeto de exploração da mina de Itataia’, que será realizado a partir das 10 horas, no Complexo Jardineira, no distrito de Jubaia, em Canindé. O evento objetiva apresentar um novo projeto para que a mina possa vir a ser explorada.

Representantes da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e da Galvani Fertilizantes – que formam o Consórcio Santa Quitéria, responsável pela exploração da mina -, estarão participando do seminário. Situada na região limítrofe entre os municípios de Santa Quitéria, Itatira e Madalena, a jazida possui um grande potencial para promover o desenvolvimento sustentável de toda a região, com a retirada das riquezas minerais existentes no subsolo. A previsão de investimento na área é de R$ 750 milhões por parte da INB, estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com a empresa paulista Galvani.

OPORTUNIDADES

De acordo com a expectativa dos envolvidos no Projeto Santa Quitéria, deverão ser gerados 1.800 empregos diretos durante as obras de implantação, podendo chegar a 3.000 com o início das operações. E isto acabará gerando um aquecimento significativo na economia daquela região do Ceará, pois movimentará outros setores como meios de hospedagem, restaurantes, comércio em geral, transporte e outros serviços. O consórcio vencedor da licitação entregou o EIA-Rima (estudo e relatório de impacto ambiental da exploração da mina de Itataia), no dia 19 do mês passado, que está em análise por técnicos do órgão ambiental, e espera receber a licença-prévia nos próximos dias.

Segundo os investidores, o projeto prevê a instalação de um Complexo Mineroindustrial que visa à extração, beneficiamento e separação dos minerais retirados do subsolo. Serão duas unidades industriais, sendo que uma fabricará fertilizantes fosfatados e fosfato bicálcio (ração animal). Na outra será produzido o yellowcake – concentrado de urânio que é matéria-prima na geração de energia nas usinas nucleares. Participarão, ainda, do seminário, os prefeitos dos municípios beneficiados com a exploração da mina e representantes do Governo do Estado, como o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), Alexandre Pereira, técnicos da Adece e do Banco do Nordeste (BNB).