Secretário debate integração das águas do Rio São Francisco em congresso

18 de junho de 2019 - 14:08

O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, participou nesta terça-feira (18), durante 30º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em Natal, de um debate sobre as perspectivas do projeto de integração das águas do Rio São Francisco.

Na oportunidade, o secretário explicou o sistema hídrico do Ceará e destacou a importância do projeto de integração das águas do rio São Francisco para a segurança hídrica no estado.

O secretário também chamou atenção para os desafios que estão para além da execução do projeto do São Francisco: ” precisamos ter em vista a sustentabilidade desse sistema”, destaca.

Outro ponto importante, levantado por Teixeira, foi a situação hídrica do estado. Durante a apresentação, o secretário lembrou que os principais reservatórios no estado estão há dez anos sem aporte significativo. “A seca hidrológica no Ceará chega a sete anos, mas há dez anos o estado não possui aporte significativo nos principais reservatórios”, explica.

O debate contou com a participação de Flávia Barros, da Agência Nacional das Águas (ANA) e Wilson Melo, gerente de Projetos da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos. A conversa foi mediada por Paulo Lopes, da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (SEMARH-RN).

Durante a explanação, Wilson Melo fez um apanhado histórico do projeto e apresentou obras estruturantes em execução. De acordo com ele, o principal desafio ainda é assegurar recursos para conclusão da obra.

Dados apresentados pelo gerente mostram que o Eixo Norte da Transposição, que integra com o Ceará, encontra-se com 97% da obra executada.

Na mesma linha de explanação, a representante da ANA, Flávia Barros, explicou o papel regulatório da agência e apresentou os valores referentes ao custo fixos e variáveis da água transportada, a partir do início da operação do sistema.De acordo com ela, a previsão é que a obra esteja em operação até o fim deste ano.

“É um desafio enorme colocar esse projeto em pé. É preciso ter claro a importância dele para o país”, ressalta.

Quando o sistema estiver em operação, a expectativa é que o Ceará receba cerca de 12 m³/s da água do rio São Francisco.