UFC e Cogerh debatem projeto de Recursos Hídricos

14 de outubro de 2019 - 15:08

Pesquisa acontece no âmbito da cooperação técnico-científica firmada entre UFC e Cogerh

Grupo capitaneado pelo professor Francisco de Assis de Souza Filho apresentou, na manhã desta sexta-feira (11.10), na Sala de Videocoferência, detalhes do projeto “Gerenciamento de Risco, Alocação e Operação do Sistema de Recursos Hídricos, que será desenvolvido no âmibto do Termo de Cooperação Técnico-Científica firmado entre UFC e Cogerh em agosto passado. Membros da diretoria e gerentes de várias áreas, bem como das unidades regionais da Cogerh, participaram do encontro.

Para o professor Francisco de Assis de Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (DEHA) da UFC, a Cogerh é “uma espécie de joia da coroa, um exemplo que o Sistema Nacional de Recursos Hídricos sempre usa como referência importante”. Por outro lado, a UFC vem desenvolvendo, ao longo dos anos, uma capacidade institucional muito importante na questão da água. “Agora chegamos ao momento de unir formalmente essas vertentes”.

O professor Assis inciou sua fala apresentando breve diagnóstico do atual estágio do setor de Recursos Hídricos no Ceará. Em seguida discorreu sobre temas como “impacto da pequena e média açudagem sobre os aportes”, e “a reconfiguração do território pelo Projeto Malha D’Água”, temas citados como paradigmáticos para o trabalho. O projeto será conduzido em conjunto pelo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (DEHA) em conjunto com o Departamento de Sociologia da UFC.

Segundo o projeto, “ao longo dos anos, a metodologia de Alocação Negociada de Águas teve que ir se adequando às dinâmicas sociais, hídricas e institucionais”. Dessa forma, ainda segundo a proposta apresentada, torna-se “relevante um estudo e análise da alocação de água no Ceará numa perspectiva de harmonizar procedimentos, definir riscos e incertezas, construir bases para a normatização da alocação negociada de água e instrumentalizar os gestores de recursos hídricos no processo de gestão de risco na alocação de água”.

Para Elano Joca, presidente em exercício da Cogerh, o encontro foi fundamental para nivelar as informações com os diversos atores da companhia que participarão dos trabalhos. “A pesquisa envolverá usuários, membros de comitês e técnicos da áreas de gestão e operação da Cogerh. Esse momento inicial com o pessoal das diversas áreas é de suma importância para prepará-los para o que vem pela frente a partir do próximo mês de novembro”, avalia.

Objetivos do projeto

O projeto a ser realizada pelos professores da UFC – Engenharia e Sociologia – em conjunto com o corpo técnico da Cogerh se propõe a dimensionar as vulnerabilidades do processo de alocação de água e construir uma base conceitual que subsidie a normatização da alocação negociada de água. Confira as etapas:

– Elaborar o histórico da Alocação negociada no Ceará

– Diagnosticar e analisar a alocação negociada de água em cada região hidrográfica

– Mapear os conflitos e a estratégia atual para gerenciamento destes em cada região hidrográfica

– Desenvolver um estudo hidrológico das incertezas do regime fluvial

– Realizar a operação dos hidrossistemas com vistas à alocação de água: caracterização e otimização do sistema

– Analisar o arcabouço legal-institucional e identificar possibilidades de aprimoramento da alocação de água

– Avaliar os riscos e as incertezas (políticas, institucionais, hidrológicas, climáticas e econômicas) para o mecanismo de alocação

– Propor uma estratégia geral para a alocação negociada de água

– Construir uma base operacional padrão para a alocação negociada de água

– Definir regras de operação hidráulica-hidrológica, incluindo automação, para os hidrossistemas

– Incorporar a informação climática sazonal na alocação negociada de água

– Realizar capacitação institucional

 

(ascom Cogerh)